O governador Sérgio Cabral vetou, nesta semana, uma das medidas sugeridas pela comissão parlamentar de inquérito (CPI) montada para investigar o andamento das obras e o destino das verbas na Região Serrana, onde fortes chuvas deixaram centenas de mortos no ano passado.
Tolerância zero
O que os parlamentares pediram no relatório da CPI, com o apoio do Ministério Público, foi a criação Documento de Enquadramento Urbanístico. Com ele, as empresas concessionárias poderiam negar a prestação de serviços a moradores de áreas próximas às margens de rios, dificultando a ocupação de áreas de risco.
Freio de mão
Apesar de ser feito para proteger as pessoas que tentam morar em áreas de alto risco, a recomendação foi vetada pelo governador sob o argumento de que fere o princípio da razoabilidade.
Veto indigesto
O deputado estadual Luiz Paulo (PSDB), um dos integrantes da CPI, criticou duramente o veto e admitiu não entender como ele foi concebido.
Veto indigesto II
“Esse veto é um desrespeito a todo o processo parlamentar, a todos os deputados que participaram da apuração. O pedido foi feito a várias mãos, inclusive com a participação do Ministério Público”, reclamou o parlamentar.
É coisa de espírito…
“Não foi o Cabral quem fez esse veto, foi um dos seus assessores. Ou melhor: foi um dos seus obsessores”, brincou Luiz Paulo. Na tradição espírita, os obsessores são espíritos responsáveis por causar transtornos na vida das pessoas.
Jornal do Brasil – Jorge Lourenço
(Leia mais sobre o assunto em matéria publicada no website em 26/04)