Na Região Serrana, a aproximação do terceiro verão após a maior tragédia natural do país já preocupa moradores de áreas de risco. Das 8 mil casas prometidas desde o desastre, apenas 506 ficaram prontas até hoje, e os radares com capacidade para prever chuvas perigosas também não foram instalados.
Segundo o governo do Estado, grande parte das moradias será entregue até outubro de 2014, quando o vice de Cabral, Luiz Fernando Pezão (PMDB), estará em campanha para governador.
A demora para cumprir a meta, de acordo com a Secretaria Estadual de Obras, é causada pela dificuldade em encontrar terrenos seguros disponíveis em Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis. Cumprida a etapa com os municípios, as obras seriam tocadas através do programa Minha Casa, Minha Vida (6 mil) e em parcerias com empreiteiros (2 mil casas).
O cronograma estadual prevê que 3.520 unidades habitacionais sejam concluídas a tempo da próxima eleição. Outros 1.388 imóveis serão disponibilizados durante o ano que vem. Já a compra de radares que detectam chuvas fortes seis horas antes não tem prazo.
O Inea (Instituto de Ambiente) informou que o processo está em licitação. O mesmo estaria ocorrendo com 25 das 27 pontes que o Estado deve à região. Cinquenta e oito já foram inauguradas.
Ajuda social paga reformas
Hoje, 6.589 famílias são beneficiadas pelo Aluguel Social. Decepcionadas com o atraso do que seriam ‘soluções definitivas’, muitos têm investido o valor em reformas nas casas em áreas de risco, como revelou um estudo feito pela Alerj.
Fonte: Jornal Destak RJ / 25 de Novembro de 2013