Com a conclusão da obras do estádio do Maracanã, indagações vêm à tona. O deputado Luiz Paulo argumentou que muitas das intervenções realizadas no estádio, apesar de atender às exigências da FIFA não vão sobreviver ao tempo. Mas que para o Governo do Estado isso não importa, pois defender os interesses privados, como os da empresa que tomará conta do Maracanã após a licitação é muito mais importante do que o interesse público, que é de manter o estádio para todos, e deixar em pé o Parque Aquático Julio Delamare, a escola Friendereich e o estádio Célio de Barros.
“Qual é a opção clara na prática de Governo? É que os negócios privados orientam a ação pública e não como deveria ocorrer, a ação pública orientar os caminhos do desenvolvimento econômico social, evidentemente com total incentivo também à iniciativa privada, para bem servir o público. E é essa a razão fundamental. (…) A Fifa, entidade privada, definiu no seu caderno de encargos o que deveria acontecer com o Maracanã em termos de reforma, e o Governo do Estado mudou todo o projeto, que ele tinha licitado, para atender aos encargos da Fifa mesmo gastando um bilhão de reais. E o Maracanã está quase concluído.
(..)o Sr. Eike Batista orientou o Governo de que ele deveria transformar o Maracanã e o seu entorno num grande negócio: uma arena multiuso no Maracanã, e shoppings, restaurantes, estacionamentos no entorno. O Sr. Eike financiou os estudos da modelagem desse edital de concessão, pouco se importando se ia jogar abaixo o Parque Aquático Julio Delamare, os Estádio de Atletismo Célio de Barros, ou até mesmo a Escola Pública Municipal Friedenreich, que foi um grande jogador de futebol.
Ele apresentou essa solução. E como é o privado pautando o público, o Governo disse amém – o Governo disse amém! “- sentenciou Luiz Paulo.