As chuvas de janeiro podem causar grandes estragos na imagem do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e seus aliados na Região Serrana. É que um ano depois da tragédia que atingiu Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo e outras quatro cidades, muito pouco foi feito pelo poder público.
Não é por acaso, por exemplo, que a Defesa Civil de Nova Friburgo deixou a cidade em estado de atenção e afirmou, na semana passada, que o município está vulnerável. “Não tenho dúvida que será mais um verão ao relento. Poucas obras de drenagens de rios e contensões de encostas começaram. Tem umas 30 em execução, mas são necessárias 450”, disse o deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB), presidente da CPI das Enchentes na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Quando concluiu a CPI da Região Serrana, verificou-se a necessidade de se construírem mais habitações, mas segundo o deputado, o que se viu foram apenas promessas.
“Apontamos nas conclusões CPI da catástrofe na Região Serrana necessidade de se construir 40.000 habitações em 4 anos. Nenhuma foi edificada. Foi muito dinheiro pelo ralo”,
concluiu o parlamentar.
“Governo investiu pouco em Defesa Civil”, diz deputado
O parlamentar, que integra a tropa de oposição ao governador Sérgio Cabral na Assembleia do Rio, afirma que em cinco anos o governo não investiu quase nada em Defesa Civil nas sete cidades. “E também investiu muito pouco em contenção de encostas”, diz Luiz Paulo.
Outro lado: Cabral afirma que investiu em recuperação
A assessoria de Sérgio Cabral se defende e afirma que foram retiradas, nos sete municípios, 850 mil toneladas de entulho, lama etc. “Além disso, o governo do estado aplicou R$44,9 milhões na recuperação de rodovias; e 81,6 milhões em obras de contenção de encostas”.
Fonte: Brasil Econômico