O deputado Luiz Paulo participou na manhã desta sexta feira da Audiência Pública da Comissão Especial sobre o desenvolvimento e investimentos aplicados na construção do Complexo do Porto do Açu, cujo presidente é o deputado Roberto Henriques (PSD).
Luiz Paulo, relator da Comissão, ouviu a Presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro – CODIN, Maria da Conceição Ribeiro, que fez um apanhado do que a CODIN vem realizando ao longo dos anos, em diversos distritos industriais, afirmando que em termos numéricos, os projetos em andamento significam cerca de R$35bilhões, sendo R$9bi apenas na região norte do Estado.
Apontou ainda suas considerações, insuficientes de acordo com Luiz Paulo, sobre o Porto do Açu.
“A CODIN é apenas um dos agentes no Complexo do Açu, que tratou apenas da questão das desapropriações e dos pequenos produtores rurais”- afirmou o parlamentar.
O Grupo Empresarial X não compareceu e nem enviou representante, apenas mandou para a Comissão uma carta pedindo o adiamento da reunião para daqui a 20 dias para que o grupo pudesse cumprir os trâmites contratuais com a empresa EIG, que poderá se tornar a nova acionista controladora da LLX Logística e da LLX AÇU, responsáveis pelo Complexo.
Para o deputado, chamar não apenas o Grupo X e a EIG, como também a Secretaria de Desenvolvimento (o secretário não pôde comparecer), a União e a Secretaria de Transportes (que a priori cuidou do corredor logístico ferroviário), é de suma importância para que se tenha as explicações necessárias do que acontecerá com o Complexo, principalmente para que não se deixe o investimento parado. “Não temos noticias reais de como isso anda, pois para ajudar, precisamos saber como está.(…) O Complexo do Açu não é projeto de Campos, ou São João da Barra, ou do Estado, é do Brasil. Já é o terceiro maior porto do mundo e o maior da América Latina. A União também tem responsabilidades. (…) É responsabilidade do Governo não só trazer empresas e investimentos, mas também propiciar qualidade de vida às pessoas. Temo pelos assentamentos”- questionou.
Luiz Paulo ainda finalizou afirmando que o maior perigo e justamente o motivo da criação da Comissão é a paralisação do Complexo. “A questão é saber o futuro.”