O deputado Luiz Paulo se mostrou muito descontente com as notícias sobre o uso de cães da raça beagle em testes científicos pelo Laboratório Royal.
“Nos tempos em que vivemos o cão é o animal doméstico de maior proximidade com o ser humano. Dizem até os estudiosos que nos próximos séculos a convivência do cão com o homem será tão íntima, que ele na escala de inteligência superará o macaco. Há um provérbio popular, que diz que só existe uma forma de você não gostar de cachorro: não tê-lo. Porque, se tiver, vai se apaixonar, porque o cão pouco pede e muito dá.
Mesmo com esse grau de estima, o cão é utilizado para testes laboratoriais, principalmente, mas não só na área dos cosméticos. Um cão que fica num laboratório preso numa gaiola – claro, tem que estar vivo –, bebendo água e se alimentando, dissociado do meio rural ou urbano, das relações entre eles e os seres humanos, dizer que esse cão é bem tratado chega quase a ser uma piada. Por isso, com o avanço científico que nós temos e quando diversos países já hoje conseguem testar seus produtos sem precisa da cobaia canina, é que nós estamos repudiando esse uso rotineiro dos cães como cobaia. Então não poderia, aqui, deixar de expressar o meu descontentamento, porque este é um tema que se reverberou fortemente a partir dos fatos de sexta-feira e não pode cair no esquecimento. Lembro-me, aqui, no Bairro de Engenho de Dentro, que algumas pessoas daqui conhecem bem, uma loja de pet maltratava fortemente os animais que iam lá para se submeterem a banho e tosa. Os proprietários dessa loja, hoje, estão sendo processados judicialmente porque o maltrato leva a penalização.
Então, diante disso, na medida em que existe a Lei de Proteção aos Animais, é que nós temos que mudar esse caldo de cultura arcaico de que as experiências podem ser feitas usando o cão como cobaia.”