O deputado Luiz Paulo, ao discutir o projeto de lei 2411/2013 do Poder Executivo, que pede autorização para contratação de empréstimo de 750 milhões de dólares, questionou o motivo do texto vir à Alerj pela terceira vez, já que os dois projetos anteriores (um revogando o outro), também tratavam de empréstimos de mesmo valor.
A diferença está nos bancos para os quais era solicitado o empréstimo. O primeiro era junto ao Bank Of America e o segundo ao Credit Suisse A.G., e Goldman Sachs Bank USA. Agora, o empréstimo é pedido ao Banco Mundial (BIRD) e está mudando o nome do projeto. O que era “Programa de Suporte aos Grandes Eventos Esportivos” virou “Programa de Apoio à Expansão e Racionalização do Transporte Público – PROERT”. Entretanto, na justificativa do projeto, verifica-se que o programa não será apenas para mobilidade urbana, mas também para gestão fiscal.
“Não tenho confiança nenhuma no que está acontecendo. Fico sem condições de votar esse projeto. O primeiro projeto virou a lei 6412/13, autorizou U$750 milhões com o Bank Of America, com meu voto contrário, porque esse banco é comercial e cobra juros extorsivos. Não satisfeitos, em 20/08, aprovaram a lei 6507/13 que revogou a anterior aprovando essa quantia para o Programa de Suporte aos Grandes Eventos Esportivos. Votamos contrário pois o outro banco escolhido (Credit Suisse A.G., e Goldman Sachs Bank USA) também é comercial.”
Luiz Paulo afirma que provavelmente esse novo empréstimo passará, mas votará contrário novamente e que quem sabe o objeto dos contratos está como “biruta de aeroporto” – “Assume o lado para qual está o vento”.