Congestionamentos intermináveis que atingem a Ponte Rio-Niterói, Linha Vermelha e as avenidas Brasil, Rodrigues Alves, Francisco Bicalho e Presidente Vargas, diariamente nos horários do rush. Este cenário caótico, que já se apresenta com certa regularidade atualmente, poderá virar a rotina dos moradores da Região Metropolitana do Rio de Janeiro em breve se o Elevado da Perimetral, localizado na área do cais do porto, for derrubado.
Para o deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha, com a medida deslocar-se aos extremos da cidade do Rio de Janeiro e às outras cidades da Região Metropolitana será uma tarefa quase heroica. Já perdemos tempo demais no trânsito, tendo em vista o número elevado de veículos circulando e a falta de qualidade do sistema de transportes, que nos proporciona verdadeira imobilidade urbana. Sem o elevado, esse tempo irá aumentar muito, senão dobrar, afirmou Luiz Paulo.
No intuito de tentar conter a remoção, o deputado lançou no site Avaaz.org (https://secure.avaaz.org/po/petition/Nao_derrubem_a_Perimetral/?tWrixfb) um abaixo assinado para colher adesões da população do Estado. Em apenas poucos dias as assinaturas já chegam a quase 200. E não podemos esquecer do assalto ao nosso bolso. Serão gastos milhões de reais para derrubar um elevado e dar lugar a um túnel urbano (mergulhão) que será construído abaixo do lençol freático, sujeito a inundações nos momentos das grandes chuvas, explica Luiz Paulo, que é engenheiro e mestre em Transportes pela Coppe-UFRJ.
A alegação da Prefeitura é que a via elevada é feia e que a retirada é necessária para valorizar os novos imóveis comerciais e residenciais que serão construídos na área do Porto Maravilha. É justo que recursos públicos paguem a demolição do Elevado da Perimetral? É justa a construção do mergulhão com prejuízo à mobilidade para beneficiar a iniciativa privada? Não seria mais inteligente adequar o elevado, revitalizando-o para que ele se integre ao Projeto Porto Maravilha?, pergunta o deputado.
(Matéria Publicada no Jornal do Brasil – 17/09/2013)