Com uma decisão de 6 votos a favor e 5 contra no Supremo Tribunal Federal, haverá novo julgamento para os réus que tiveram ao menos quatro votos a favor no julgamento do Mensalão. O Ministro Celso de Mello alegou que seu voto foi técnico e que não poderia estar associado à voz das ruas. O deputado Luiz Paulo lamentou sua decisão, ao se pronunciar na tribuna da Alerj e criticou-o por justamente não ter escutado a voz do povo, que clama pela condenação dos réus.
“Ora, negar a força das multidões é negar o processo filosófico histórico, visto que o filósofo Espinoza conceituou fortemente o papel das multidões dentro do processo político: as multidões têm uma atuação profundamente transformadora; se você se abstém daquilo que é produzido pelas multidões, quando nas ruas demandam e politizam, você se abstrai dos conceitos os mais democráticos possíveis – não à toa há o ditado popular Vox populi, vox Dei, “A voz do povo é a voz de Deus”.
E salientou que não ouvir a voz das ruas é um retrocesso no processo político.