Acusações covardes têm resposta à altura
A Frente Liberal Tucana, seja lá o que isso significa, publicou texto em que critica, de maneira ofensiva e desrespeitosa, nossa participação no processo eleitoral que elegeu o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano. Críticas são importantes, se feitas com apresentação de argumentos, fundamentadas, e abertas para o diálogo com as partes envolvidas. Destaque-se que Frentes não têm base institucional e nem são organizações de representação partidária, mas de pessoas que delas participam como indivíduos.
Estivemos sempre abertos à discussão de qualquer tema, a dialogar com pessoas e grupos sobre questões dos mais diversos tipos. No entanto, apesar dessa forma democrática de levarmos nossos mandatos, não houve qualquer tentativa de conversar sobre o tema. A ação da Frente foi sub-reptícia e covarde.
Passando à questão da Frente em si, a denominação não nos esclarece sobre que conceitos definem sua posição liberal e como isso se compõe com a denominação tucana, já que, por princípios e Estatuto, o PSDB é social democrata. Nós, deputados eleitos pelo PSDB no Estado do Rio de Janeiro, nos consideramos social democratas e, acrescentamos, o liberalismo está representado pelo NOVO, pelo PSL. As pessoas que se sentem desconfortáveis na social democracia podem fazer suas escolhas. Mas, afinal, quem são essas pessoas?
Devido a essas contradições, gostaríamos de esclarecer melhor certas questões:
1 – Nós, deputados Luiz Paulo e Lucinha, eleitos em 2018 para mandato até 2022, ingressamos neste partido em 1993, e sempre nos orgulhamos das origens tucanas sob a liderança de grandes homens públicos, como o saudoso Mário Covas, nosso Marcello Alencar e o grande presidente Fernando Henrique Cardoso, entre outros;
2 – Consideramos que, neste momento de crise ética, moral, econômico-financeira e de gestão que se estende, caberia ao PSDB fazer grande discussão nacional de autocrítica, que permitisse a cada militante participação efetiva e possibilitasse renovação, inclusive, na estrutura partidária;
3 – Quanto à nossa atuação na Alerj e no processo eleitoral citado, votamos no único candidato a se apresentar, decidimos não participar da mesa diretora, como fizemos em todos os mandatos; apresentamos Carta-Compromisso para candidaturas à Mesa Diretora da ALERJ, no biênio 2019-2020;
4 – O candidato em que votamos comprometeu-se em assumir essa Carta-Compromisso, em que o primeiro item é este: “1 – Ter compromisso radical com a transparência, a ética, o estado democrático de direito, a República, a austeridade, o Estado e o cidadão;”
5 – Destacamos, também, que jamais defendemos que o PSDB participasse de governos, como os de Michel Temer, Marcelo Crivella e Wilson Witzel, para evitar que se caracterizasse como partícipe da chamada “boquinha”, que tanto tem infelicitado o Brasil.
Deputado Luiz Paulo – líder do PSDB
Deputada Lucinha