O deputado Luiz Paulo e o Presidente da Alerj, Paulo Melo, foram os convidados de Renato Auar no Alerj Debate de 09/11, que teve a Lei Antimáscaras e as manifestações que tomaram conta das ruas. Comentaram suas visões sobre a agora lei e as ações do movimento dos Black Blocks.
O programa foi ao ar no sábado (09/11), às 16h com reprise na terça-feira (12/11), às 21h. A TV Alerj está sintonizada no canal 12 da NET.
Assista ao Bloco 1:
Assista ao Bloco 2:
Leia a análise feita no site www.alerj.rj.gov.br:
Em discussão durante o programa Alerj Debate, da TV Alerj (canal 12 da Net), o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, deputado Paulo Melo (PMDB), e o deputado Luiz Paulo (PSDB) concordaram que é necessário que a Polícia Federal investigue quem são os envolvidos no movimento “Black Bloc”. Os dois parlamentares foram convidados ao programa, que vai ao ar às 16h deste sábado (09/11), para falar de seus diferentes pontos de vista sobre as manifestações que tomaram conta do país esse ano. “Liberdade de expressão não é liberdade de destruição. Essas pessoas vão preparadas para combate e só realizam ações integradas”, disse Melo. “É preciso garantir às pessoas o direito de ir à manifestação, sabendo separá-las dos ‘Black Blocs’. Em uma democracia, a estratégia para conquistar direitos não pode ser a guerrilha urbana”, acrescentou Luiz Paulo.
Sobre a lei 6.528/13, que proíbe o uso de máscaras nas manifestações, porém, os dois deputados discordam. “Eu entendo o que o deputado Paulo Melo quis fazer, e acho que tem mérito, mas não concordo com a forma de aplicação. Não era para ser uma questão de lei, mas sim de ação combinada da polícia, que precisa saber distinguir, em momentos de tensão, quem são os manifestantes violentos e quem são os pacíficos”, disse Luiz Paulo. “Fazer essa diferenciação seria o correto”, concedeu Melo, “mas seria também uma iniciativa tardia. A Polícia Militar é só para enfrentamento, não investigação”, disse.
“Esse movimento é um fenômeno novo. As palavras de ordem gritadas pelas pessoas são diferentes e não há uma liderança política. Na minha época, quando fomos para a rua manifestar contra a ditadura, tínhamos nossos líderes e negociadores. O que acontece agora é desconhecido, mas legítimo”, disse Luiz Paulo. “Talvez por ser um movimento tão singelo, tantos comportamentos tenham mudado. Bastou um dia para que votações, engavetadas no Congresso havia tempo, fossem feitas”, acrescentou Paulo Melo.
Sobre os motivos que originaram o movimento, Luiz Paulo ponderou: “As pessoas foram para as ruas reclamar principalmente de mobilidade, saúde e educação. A mobilidade é nosso calcanhar de Aquiles, uma grande fraqueza do estado; e a educação e a saúde não são o que nós pedimos. Por tudo isso, os manifestantes gritaram que políticos não os representam”. Sobre isso, Paulo Melo disse: “Os políticos não representam, mas os ‘Black Blocs’ também não. Os manifestantes não querem ser simplesmente contrários ao estado, mas sim fazer parte dele.”
Os dois parlamentares também deram suas previsões sobre as eleições de 2014. “Eu sei que não represento todos os segmentos da população, mas é sempre possível trabalhar mais. O que acho é que, nas próximas eleições, vão se acabar os discursos oportunistas e vazios. Eles não serão suficientes”, disse o presidente da Casa. “Os investimentos da Copa não dão retorno direto para a população, e as eleições serão logo após os jogos. Por isso, prevejo muitos votos nulos e brancos”, finalizou Luiz Paulo. O programa ‘Alerj Debate’, apresentado por Renato Auar, é transmitido sempre aos sábados, às 16h, e reprisado às terças, às 20h.
Texto de Amanda Lazaroni – www.alerj.rj.gov.br