Luiz Paulo critica gestão fiscal federal e defende renegociação da dívida do Rio de Janeiro na ALERJ

Luiz Paulo critica gestão fiscal federal e defende renegociação da dívida do Rio de Janeiro na ALERJ

No expediente inicial da sessão da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) em 30 de abril de 2024, o deputado Luiz Paulo abordou a crítica situação fiscal do estado e a necessidade de uma renegociação da dívida estadual.

Luiz Paulo iniciou seu discurso referindo-se a uma reportagem do jornal O Globo, que destacava um embate entre o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o Ministério da Fazenda sobre a dívida do estado. O deputado expressou preocupação com a postura do secretário do Tesouro Nacional, questionando a legitimidade de suas críticas ao governo estadual. “Desde quando um secretário do Tesouro vem a público para rebater um governador?”, questionou Luiz Paulo, destacando a ausência de eleição do secretário para tal posição de poder.

O parlamentar criticou duramente a Lei Complementar 194/2022, aprovada pelo governo federal, que reduziu significativamente a alíquota de ICMS sobre combustíveis, energia e telecomunicações, causando uma perda anual estimada de R$7,5 bilhões em receita para o Rio de Janeiro. Ele apontou que essa medida agravou a capacidade do estado de cumprir com as metas fiscais acordadas sob o Regime de Recuperação Fiscal, destacando que, sem uma intervenção, o estado poderia enfrentar um colapso financeiro semelhante ao ocorrido em 2016.

“Se nada for feito até meados de 2026, não teremos dinheiro nem para pagar a folha de pagamento”, alertou Luiz Paulo, ilustrando a gravidade da situação fiscal atual.

Além disso, o deputado criticou a proposta conhecida como PEC do Quinquênio, voltada ao Poder Judiciário, que poderia levar a um aumento de despesas de até R$84 bilhões em três anos para os estados. Segundo ele, essa medida poderia aprofundar ainda mais os problemas fiscais do estado.

Luiz Paulo concluiu enfatizando a urgência de uma renegociação da dívida com a União. Ele criticou a gestão dos recursos públicos em geral, chamando atenção para a necessidade de uma administração mais competente e menos influenciada por interesses políticos e eleitorais. “Ou se renegocia a dívida ou o Estado quebra”, finalizou o deputado, sinalizando a necessidade iminente de ação para evitar um colapso financeiro maior no Rio de Janeiro.

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