O deputado Luiz Paulo, fazendo uso da palavra no Plenario, na tarde desta quarta, analisou o pacote de revogações de decisões polêmicas do Governador. Atribuiu à vinda do Papa Francisco, esses arrependimentos.
“A recente visita do Papa, em especial, ao Estado do Rio de Janeiro, fez muito bem à população em geral, mas, em particular, fez muito bem aos políticos, principalmente àqueles que têm assento nos palácios do nosso País.
No exemplo do Rio de Janeiro, (o presidente em exercício) há de ter observado que o Governador Sérgio Cabral, fazendo uma metáfora com a Bíblia, tomou um banho no Rio Jordão, aquele rio bíblico famoso, onde os primeiros batizados ocorreram. Com esse banho, que ele tomou no Rio Jordão, fez uma reflexão, se arrependeu dos seus pecados e, possivelmente, jurou que não iria pecar mais e deve ter pedido perdão a Deus. Seguramente, Deus, na sua eterna bondade, há de tê-lo perdoado, no plano espiritual, porque no plano terreno, o perdão passa por outros canais.”
Apesar da metáfora, Luiz Paulo salientou que após a vinda do Papa, o governador resolveu voltar atrás em diversas decisões, como a não demolição do QG da PM.
“Mas é fato que, depois que o Papa saiu e que o Governador mergulhou no Rio Jordão, muitas medidas de “volta atrás ao bota abaixo” ele tomou, porque, antes da visita do Papa, era o Governador demolidor: “bota abaixo”. Agora, é o Governador, felizmente, “volta atrás”. Desistiu de demolir a Escola Friendheich, no Maracanã; o Parque Júlio Delamare, no Maracanã; o Estádio Célio de Barros, no Maracanã; o Museu do Índio, no Maracanã. E, agora, também, felizmente, acabou de voltar atrás e não vai mais demolir o Quartel General da Polícia Militar, na rua Evaristo da Veiga, no entorno dos Arcos da Lapa.”
Entretanto, frisou que ainda está faltando a decisão de não demolir a Perimetral.
“Mas eu diria, lembrando a saudosa cantora Dalva de Oliveira, que, nos idos de 1952, cantava uma música de muito sucesso, e essa música dizia assim: “Zum, zum, zum, zum, zum, zum/Está faltando um.” E está faltando uma obra fundamental que ainda está em pé, que ele pode voltar atrás, que é se associar ao Prefeito demolidor, Eduardo Paes, que não sei se também tomou banho no Rio Jordão, e não demolir mais o elevado da avenida Perimetral, que tantos transtornos trarão para a Cidade, além de jogar no ralo 1,5 bilhões de Reais.”