Os Jogos Olímpicos terminaram em Londres, e a expectativa agora é: como serão os Jogos no Brasil? Podemos olhar para a organização e os problemas enfrentados pelos ingleses e tirar lições.
Em relação aos transportes e trânsito, nem todos ficaram satisfeitos em Londres. Taxistas londrinos tiveram muita dificuldade para trabalhar durante o evento. A causa, segundo eles, foram as “linhas olímpicas”, delimitação de faixas de trânsito que só podem ser usadas por autoridades, atletas, patrocinadores e organizadores dos jogos e imprensa credenciada.
A estratégia do governo local foi implantada para evitar que a “família olímpica”, ou VIPs, como estão sendo chamados, chegassem atrasados aos eventos esportivos. Para o resto da população, no entanto, sobraram engarrafamentos. Foram reservados cerca de 50 quilômetros de vias exclusivas, localizadas nos principais trajetos da cidade com duas ou mais faixas. Em alguns lugares as linhas olímpicas ocupam os corredores de ônibus, e estes tiveram que usar as outras faixas, disputando-as com os carros e aumentando o congestionamento.
O departamento de trânsito de Londres publicou anúncio sugerindo que as pessoas fossem a pé ao trabalho e assistissem às competições em casa ou em lugares próximos. As linhas de metrô também estiveram cheias. Até o fim das competições, a estação de Marble Arch, por exemplo, localizada ao lado do Hyde Park, que recebeu muitos eventos, esteve fechada para embarque.
Houve a paralisação, por algumas horas, da linha Central do metrô, que leva ao Parque Olímpico, em um dos dias mais movimentados dos Jogos. Também, alguns dos motoristas disponibilizados para os atletas e membros de delegações olímpicas não conheciam muito bem as ruas de Londres.
No geral, porém, o sistema de transporte da cidade aguentou bem o fluxo de fãs do esporte que se dirigiam para os principais locais de competição. Para os espectadores que queriam chegar ao Parque Olímpico também foram oferecidas opções – duas linhas de metrô, ônibus e barco.
O Rio de Janeiro já tem problemas crônicos e pontuais de trânsito e são questões que enfatizam bem esses problemas:
A Perimetral, de acordo com o nosso atual prefeito, deixa a vista muito feia, logo, será derrubada no projeto Porto Maravilha, para dar lugar a um túnel.
O Metrô Linha 4 ficará pronto e será útil aos passageiros ou será mais uma confusão e elefante branco?
Os BRTs e BRSs estarão funcionando da forma como foram planejados?
Trens superlotados, filas nas Barcas, Ponte Rio – Niterói parada, Avenida Brasil superengarrafada, o sistema de transporte do Rio simplesmente não aguenta o fluxo normal dos veículos e demanda que temos cotidianamente, como em quatro anos faremos esse trânsito se diluir sem que haja prejuízo para a cidade?
É preciso mais do que investimento, é necessário planejamento.