A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou na tarde da última quinta-feira (11/08), os projetos do Poder Executivo com o reajuste para o corpo docente da rede estadual, para as secretarias de Educação e Cultura, e para os servidores do Quadro Permanente da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec). O reajuste salarial, que antes era de 3,5%, agora foi fixado em 5% e já vale a partir do mês de setembro.
A proposta relacionada aos professores traz outras duas importantes mudanças: a antecipação em mais um ano para a incorporação do programa de gratificação Nova Escola, cujos valores passarão a fazer parte do salário-base da categoria, que agora será encerrado em 2013, e não em 2014 – como o texto original propunha-, e a inclusão dos animadores culturais, em emenda que reajusta seus vencimentos em 14,6% – valor correspondente à soma do reajuste em si e a antecipação da parcela do Nova Escola. Além disso, os funcionários administrativos terão incorporados aos seus salários todo o valor que recebem como gratificação do programa Nova Escola, como estava previsto no projeto original do Poder Executivo.
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), representante da classe, informou que o aumento concedido não cobre nem as perdas com a inflação. A categoria reivindica um reajuste de 26%.
O deputado Luiz Paulo (PSDB), que vem lutando por um reajuste digno para o corpo docente lamentou o resultado dos meses de negociações. Para ele, a base do governo, maioria na Alerj, sempre defende os interesses e vontades próprias. “Houve diálogo na Casa? Houve. As portas se abriram? Sim. Mas o ganho real aconteceu? Não! O processo pode ter sido democrático, mas o resultado, como diz sempre aqui a base do Governo, ‘a base do Governo vota e vence’ e a oposição esperneia, mas quem esperneia mesmo é a Faetec, é o magistério que tem sua renda aviltada, que não permite dar às nossas crianças uma Educação de qualidade porque não tem renda sequer o magistério para suportar o seu dia a dia”, ressaltou.