O deputado estadual Luiz Paulo presidiu na manhã desta quarta-feira, 28 de agosto, a audiência que celebrou os 16 anos do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado da Alerj que promoveu palestra sobre as mudanças promovidas pela Medida Provisória 881/2019, mais conhecida como a MP da Liberdade Econômica que traz medidas de desburocratização e simplificação de processos para empresas e empreendedores A palestra “Pensar e Construir o Rio: foi promovida em parceria do Fórum com a Frente Parlamentar de Desburocratização da Alerj, Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerj), Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Sescon) e do Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro (CRCRJ).
A grave crise que assola o Rio de Janeiro pede urgência na busca por saídas que levem à retomada do crescimento econômico do estado, uma boa notícia é que existem diversos movimentos pensando e mobilizando a sociedade em torno de propostas concretas.Segundo o Fórum Econômico Mundial, 30% das profissões atuais não existiam há 10 anos e 65% das crianças que estão entrando no ensino básico hoje trabalharão em profissões que ainda não existem. Além disso, 47% das profissões atuais terão desaparecido em 25 anos.
“O Fórum é uma peça aglutinadora e as informações trazidas em seus debates que permitem aos parlamentares desenvolver melhor o seu trabalho nas comissões e discussões no Plenário. O estado não sairá da crise só com o regime de recuperação fiscal. Não adianta apenas reduzir despesas e imaginar que vamos aumentar as receitas sem que o Rio tenha um plano estratégico de desenvolvimento econômico e social regionalizado. Por isso esses encontros são muito importantes para que juntos, toda a área criativa, produtiva do estado tenha essa troca de sinergia e informações, com a participação da sociedade, na elaboração de políticas de desenvolvimento econômico e social”, destacou o deputado Luiz Paulo
O setor de tecnologia e inovação apresentou duas iniciativas durante o encontro. “Temos orgulho de ser do Rio, mas trabalhar no mundo todo. No ano passado, trouxemos um evento de inteligência artificial e inclusão para a cidade, realizado no Museu do Amanhã, que reuniu 400 pessoas de 40 países. Também ajudamos o desenvolvimento da cidade por meio dos blockchains, de inteligência artificial, além de aplicativos que conectam os cidadãos como o governo e tratam sobre temas como segurança pública”, explicou o diretor executivo do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio, Fabro Steibel. O ITS Rio
Já o Movimento Juntos pelo Rio foi criado para buscar saídas criativas para o Rio, valorizando a vocação da cidade para a inovação. Segundo sua cofundadora Natalie Witte, a iniciativa criada em 2007 reúne hoje mais de 1500 pessoas que trabalham para tornar o Rio a capital da inovação até o ano de 2020. Um dos caminhos para isso foi mapear o ecossistema de inovação e tecnologia da capital e a criação do hacking.rio, a maior maratona de programação da América Latina, que reúne profissionais e empreendedores do mundo digital para criar soluções de alto impacto para os desafios enfrentados pelo Rio de Janeiro.
Centro de inovação
A Rede de Estudos em Planejamento e Política Pública Integral Regional orientada ao Rio de Janeiro (Rede Pró-Rio) se propõe a ser um think tank de excelência para o estado reunindo a academia e grupos de trabalho em uma rede interdisciplinar. “A recente crise financeira estadual explicitou a carência de uma reflexão organizada sobre a gestão pública e a falta de uma visão estratégica integrada sobre o conjunto das políticas públicas”, afirmou o coordenador da Rede Pró-Rio Bruno Sobral.
Outra iniciativa apresentada foi a da Casa Fluminense, criada com o objetivo de articular esforços para promoção de igualdade, aprofundamento democrático e desenvolvimento sustentável. Lançada em fevereiro de 2013, é uma associação da sociedade civil para a elaboração de propostas de políticas públicas que visam reduzir desigualdades na região metropolitana do Rio e todas as regiões do estado e hoje preside o conselho consultivo da Câmara Metropolitana.
“A Casa Fluminense está focada esse ano em duas questões principais entre elas está a ampliação da mobilização social com lideranças sociais. O outro processo é pensar em como organizar as informações para monitorar as políticas públicas. Estamos olhando três temas importantes. Na segurança pública o foco é como produzir uma política voltada para as especificidades da Baixada Fluminense, sobretudo que garanta o direito da população jovem, pobre e negra. O outro ponto é a licitação do bilhete único para garantir transparência na gestão das tarifas dos transportes do Rio de Janeiro e o terceiro elemento é a retomada do projeto de saneamento básico nos municípios do entorno da Baía de Guanabara. Estamos buscando ampliar a participação social em torno do tema para que essas políticas públicas possam avançar”, explicou o coordenador-executivo da Casa Fluminense, Henrique Silveira.
“Essa foi uma oportunidade de mostrar que tem muita gente disposta a arregaçar as mangas e precisamos aproveitar essas inteligências e potências para poder fazer diferente e melhor pelo Rio. Celebramos nossos 16 anos trabalhando em prol do estado e mostrando um pouco do que cada uma dessas frentes está fazendo e que existem alternativas para que o Rio retome a rota de crescimento”, explicou a secretária-geral do Fórum de Desenvolvimento do Rio, Geiza Rocha.