O debate na Rádio Livre contou com a presença do deputado estadual Luiz Paulo (PSDB) e com o diretor da ONG Viva a Policia, Fabio Domingos.
O primeiro assunto abordado no programa foi a explosão do restaurante Filé Carioca, na Praça Tiradentes, que de acordo com o deputado, foi uma tragédia previamente anunciada. E que não há apenas um culpado. Alem do dono do estabelecimento, o corpo de bombeiros, a inspeção sanitária e a prefeitura também foram responsáveis. O estabelecimento possuía alvará provisório. Alguém concedeu este documento. A prefeitura informa que não tem como ter controle, mas seu orçamento diz o contrario. Está na casa dos 15 bilhões.
Existem as leis, mas não existe a fiscalização e o cumprimento das mesmas. É uma omissão continuada. Para o deputado, tem que haver agora uma força-tarefa para levantar e fiscalizar todos os alvarás provisórios. E claro, um dos principais focos é acabar com o mar de propina que está incrustado.
Outro assunto abordado foi a migração do crime para a baixada fluminense e para a região metropolitana. Chegou-se a conclusão de que isto é um derivado de uma serie de fatores como por exemplo as milícias, que se constituem de uma atividade predatória e vil, sendo que esta e o narcotráfico são faces da mesma moeda.
As UPPs não acabaram com o tráfico, pois a venda de entorpecentes ainda estão nas comunidades, mas não se mostram. Para Luiz Paulo, as UPPs foram uma decisão política, pois primeiro se deu na Zona Sul, onde na época das eleições, os atuais governantes perdiam espaço para a oposição.
O deputado ainda citou que a milícia é a parte perversa, tem seu paraíso na Zona Oeste, e quem a fortalece são os próprios policiais. Os bandidos, que precisam “arrecadar” dinheiro, vão para outros locais que ainda tem livre acesso, como a baixada fluminense e a região do interior. O que se vê, são os seguros de carro encarecerem e as pessoas emplacando em locais mais baratos. Com isto o IPVA e a arrecadação caem.
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