Sra. presidente, deputada Martha Rocha, deputado Waldeck Carneiro, sras. e srs. deputados que nos assistem de forma remota, senhoras e senhores telespectadores da TV Alerj, senhor intérprete da linguagem de Libras, que leva a nossa voz aos deficientes auditivos, boa tarde.
As agonias: guerra nuclear
Vivemos num mundo de muitas agonias. Ontem, no final do dia, ficamos todos tensos, assustados, com a declaração do presidente Putin, da Rússia, afirmando a possibilidade de, na invasão que fez contra Ucrânia, usar ogivas nucleares. E fez questão de dizer que era hipótese real, isto é, não era blefe, o que propiciou, logo em seguida, na ONU, reações muito fortes, bem como da OEA e do presidente Biden, dos Estados Unidos.
Aumento de potencial do exército russo
Ao mesmo tempo, o Putin, que mantém esta guerra absolutamente absurda com a Ucrânia, cogita – e está fazendo isso – chamar 300 mil reservistas russos para aumentar o potencial do seu exército invasor. E, ao mesmo tempo, na própria Rússia, muitos são os protestos internos.
Tanto descalabro existente no mundo e, também, no nosso país e o Putin agora volta a acenar com a hipótese de uma guerra nuclear, que, se vier a ocorrer, vai dizimar milhões de vidas, além de causar uma desestabilização total dos nossos ecossistemas.
A eleição ameaçada no Brasil e a denúncia contra Trump
Então, é com tristeza que, mesmo aqui no Brasil, em plena campanha eleitoral, você se dá conta de algo tão duro, tão difícil, tão horripilante. E, concomitantemente a isso, lá nos Estados Unidos, o ex-presidente Trump e seu gueto familiar também foram denunciados por lesão ao Imposto de Renda.
Ampliação da taxa de juros e fuga de dinheiro
Mas as notícias ruins continuaram, até com repercussão para o nosso país. O FED, banco central americano, Federal Bank, ampliou a taxa de juros em relação ao dólar lá nos Estados Unidos em 1,5%, ou 0,75. Mas esse aumento de juros propicia fuga de dinheiro de outros países e concentração de investimentos nos Estados Unidos.
A deseconomia brasileira
Associa-se a isso – só notícias de ontem – o fato de o ministro da deseconomia brasileira, Sr. Paulo Guedes, também discordar da existência no nosso país de 33 milhões de pessoas passando fome. Mesmo que o número seja menos 1 milhão, 2 milhões, 3 milhões, que número exato seja, o que é difícil avaliar, é um desastre imenso, para um país que tem um pouco mais de 200 milhões de habitantes. Dá, praticamente, quase 15% da nossa população.
Mas chega a primavera
É nesse rol de notícias muito tristes que amanhã, dia 23 de outubro, tem início a primavera. Entre seus mitos e suas ancestralidades, há bastante simbolismo, porque é o dia em que o sol e a noite passam a ter exatamente 12 horas – por isso é um equinócio: 12horas. A partir do equinócio da primavera, vai chegando o verão. É o outono que termina, e os dias começam a ser maiores do que as noites. Mas a primavera carrega em si o simbolismo da fertilidade, o simbolismo dos novos tempos, porque pressupõe que acabou o inverno, que sempre é um período duro para todos.
O simbolismo da primavera
A primavera tem o simbolismo, para quem gosta de vegetação – e dia 21 foi o Dia da Árvore – de que, se você plantar as sementes, seguramente elas vão crescer com muito mais vigor. Então, é um período também de esperança, é um período de renovação. E vamos aguardar que, com a primavera, no mês de setembro, possamos realmente ter melhores tempos para o nosso Brasil e para o nosso Estado do Rio de Janeiro.
Alguma esperança aos jovens
Trago essa reflexão, porque, diante da iminência de a Rússia, pela loucura do Sr. Putin, querer acuar a Ucrânia com a invasão, com a ameaça de mais 300 mil soldados e de ogivas nucleares, temos que contrapor a isso alguma esperança em homenagem, principalmente, aos jovens que vão nos suceder e precisam acreditar no futuro.
Por isso, fiz questão de vir aqui, no expediente inicial, fazer esta reflexão, fazer este contraponto entre as notícias tão ruins que aconteceram no dia de ontem e se seguem no dia de hoje em relação à primavera, que surge no dia de amanhã.