Este mês, não podemos precisar a data, agosto ou setembro, teremos inflação de pelo menos 1% no mês, função de nova alta no preço da energia. E, até a presente data, o governo não disse claramente o que o povo brasileiro deveria fazer para economizar energia.
As perguntas sem respostas
Vamos às questões. Teremos horário de verão já na primavera? Quem economizar energia, na proporção, imaginemos, de 20%, vai ser premiado com que desconto? Quem é o gabinete de crise que está administrando esse tempo sequíssimo em que vive o Brasil, quando as nossas hidrelétricas estão aí na média, entre 15 e 18% do total da sua capacidade? Quando o nível das represas cai a esse limite até a geração de energia fica difícil, porque a água já vem turva, possivelmente até já trazendo matéria sólida. E, cada vez, fica mais difícil ter geração de energia hidrelétrica continuada.
O preço das termoelétricas
Nesse momento, entram em ação as termelétricas, gerando energia em tempo integral, a preço muito maior. Esse preço quem paga é o consumidor. Mas ainda há problema maior. Fizemos uma CPI sobre a crise hídrica e tudo aquilo que foi recomendado não foi cumprido.
Imunana-Laranjal está seco
No sábado, matéria na TV, mostrava já o desespero da população de São Gonçalo, Itaboraí, porque o Imunana-Laranjal, que abastece de água a estação de tratamento de Laranjal não tem mais água, está seco. Se já era sistema que não dava conta de toda a demanda, agora então mais prejudicado ficou. Faço essa referência, porque o pior dos mundos é o mundo da falta d’água associada à crise energética.
Década de 50: “De dia falta água, de noite falta luz.”
E me lembra música muito antiga, que fez muito sucesso no carnaval aqui no Rio de Janeiro. Que dizia: “de dia falta água, de noite falta luz”. Isso é da década de 50. E isso está tão vivo que, atualmente, se disséssemos que era composição nova para o carnaval que vem, todo mundo acreditaria.
Chega de crises!
Fazemos essa referência, porque nos sentimos sufocados de tanta crise sucessiva. E pior: existem as crises reais como a crise hídrica, a crise energética, mas há outras crises que poderiam ser facilmente evitadas, mas o presidente da república faz questão de pautá-las. Temos que conviver com essas questões e, ao mesmo tempo, tentar um caminho justo e positivo para a população brasileira de forma a sairmos dessa crise política, institucional, de gestão que estamos vivendo.