A CPI das Construtoras ouviu na tarde de hoje representantes da Construtora Cyrela, sobre possíveis crimes contra a economia popular relativos aos atrasos nas obras da empresa, em especial o Residencial Eco Park, com 21 meses de atraso na sua entrega e que foi vendido como pertencente ao município de Niterói, quando na realidade está localizado em São Gonçalo. Os representantes alegaram que o atraso se deu por casos “fortuitos” como uma significativa perda de mão de obra e falta de material.
O deputado Luiz Paulo, vice-presidente da comissão, rebateu essa declaração, afirmando que caso fortuito seria algo muito mais grave: “Caso fortuito é calamidade pública, guerra civil, mudança significativa na carga tributária”.
Ainda citaram os representantes, no caso do Eco Park que a área de lazer (que por conta de problemas estruturais do terreno não poderá ser implantada) ainda é incógnita, ficando a cargo dos moradores decidirem se querem a mesma construída em outro local ou ressarcimento. Além disso, salientaram que como o paisagismo é o último nível da construção, não puderam prever que haveria problemas com a encosta perto de onde está o condomínio.
Luiz Paulo, que é engenheiro e já fiscalizou diversas obras, afirmou que apesar de ser a ultima etapa, ela tem que estar embasada por um projeto anterior, geológico e geotécnico e alerta.
“Se há precariedade na topografia e na geotécnica, há surpresas. Mas não pode surpreender. Essas surpresas dão prejuízo para a empresa e principalmente trazem problemas para o consumidor”.
Na próxima reunião, foram convidadas a Construtora Rossi e a Caixa Econômica Federal.