Na terceira reunião ordinária que aconteceu hoje (12/11), na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, da Comissão Especial para acompanhar a real situação dos investimentos no Complexo Logístico Portuário do Açu e a situação dos trabalhadores e colaboradores envolvidos no empreendimento, presidida pelo deputado Roberto Henriques, que contou com a participação do representante no Brasil da EIG, o senhor Kevin Korrigan, e o conselheiro da LLX, o senhor Luiz Reis, ficou estabelecido que as próximas reuniões serão descentralizadas, nos municípios impactados pela construção do porto, a próxima sendo em São João da Barra, que terá a data divulgada nos próximos 15 dias, e terá como tema o condomínio industrial na cidade.
O deputado Luiz Paulo, relator da Comissão, achou muito oportuna a vinda dos representantes, pois puderam ter a real noção dos passivos socioambientais e trabalhistas das questões. Ele também afirmou que pelo que os representantes mostraram, a operação do Complexo ainda ficará a cargo da LLX.
Durante a audiência pública, que durou cerca de 2 horas e meia, o conselheiro da LLX, o senhor Luiz Reis, afirmou que o projeto do Porto do Açu se mantém sem alterações. Ele explicou que a EIG Holding entrou com o projeto já aprovado e o manterá. O conselheiro afirmou que já foram capitalizados pela EIG R$ 700 milhões e que pretendem chegar a R$1,3 bi.
De acordo com as informações divulgadas pelos integrantes das empresas durante a audiência, a LLX já tinha em financiamentos passados a quantia de R$ 813 milhões com o Bradesco, R$ 518 milhões com o BNDES e R$ 750 milhões em debêntures. Já em empréstimos novos, ainda segundo as informações divulgadas por eles, são de R$ 2,8 bi, do BNDES ,R$ 900 milhões dos bancos Bradesco e Santander, R$ 450 milhões de cada instituição. O senhor Luiz Reis afirmou ainda que o aporte de recursos do BNDES de R$ 2,8 bilhões e a capitalização de R$ 1,3 bi da EIG serão suficientes para terminar as obras do Porto do Açu. O representante no Brasil da empresa EIG, o senhor Kevin Korrigan contou que a empresa, antes de adquirir o controle da LLX, controladora do Porto do Açu, já havia feito três investimentos no país e já tem experiências na área de energia em outros países.
Estiveram presentes na audiência pública os deputados estaduais Jânio Mendes e Geraldo Pudim. Além de representantes da prefeitura de São João da Barra, da sociedade civil organizada e de instituições de ensino Norte Fluminense.