A comissão de Minas e Energia, no qual o deputado Luiz Paulo é membro, promoveu hoje uma audiência pública para tratar da ampliação do Terminal da Baía da Ilha Grande, da Petrobrás.
Com direito a protestos e discursos inflados, o prefeito de Angra, Tuca Jordão, o presidente da Câmara de Vereadores de Angra e o representante da Transpetro Paulo Pichini mostraram os benefícios que a ampliação trará para o município de Angra. Estavam presentes ainda os moradores da região da praia de Jaconé, que protestam contra o aterro da praia para construção de um Porto.
O secretário de Ambiente Carlos Minc foi convidado para explicar a razão do governo ter dito não à ampliação do TEBIG. Mas, a explicação de que ele e os secretários Julio Bueno, do Desenvolvimento, e Filipe Peixoto, da Pesca, estudaram e verificaram que haveria impactos ambientais, turísticos e pesqueiros, além de levar a questão ao governador Sergio Cabral não foi satisfatória. Alem disso, Minc ainda salientou que não há nenhum estudo que mostre que Jaconé será sede de um novo porto. Ele foi vaiado quando saiu da Audiência Pública antes do fim da mesma.
Luiz Paulo considerou a decisão como política e citou outros projetos que têm mais impactos que a ampliação do TEBIG: a linha 4 do metrô e o traçado de acordo com os interesses econômicos, o porto do Açu e seu grande impacto ambiental, assim como a CSA. Luiz Paulo foi ovacionado quando sugeriu organizar movimentos para confrontar a decisão politicamente.
“A decisão política é tomada pelo Governador que transmite a seus secretários. E aí haja EIA/RIMA para tentar explicar o que é inexplicável. Não sei que interesses menores podem estar atrás da decisão política do governador cumprida pelo Minc para impedir a ampliação do TEBIG que está lá há mais de 30 anos. Se a decisão é política, há que se organizar os movimentos para fazer um confronto político, porque a CECA e a FEEMA poderão produzir se forem contra relatório contrário e a se a decisão política for a favor dos EIA/RIMAs que forem contratados, havendo a possibilidade de mitigar os impactos ambientais. Essa é a verdade. Ou vai se ter uma mobilização popular de todos os segmentos para aprovar ampliação do TEBIG e impedir o porto do Jaconé ou vai todo mundo se render à caneta do governador”