O Ministério da Integração Nacional autorizou o repasse de recursos para ações de defesa civil nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. As portarias foram publicadas hoje no Diário Oficial da União.
Para Minas Gerais o valor do repasse chega a R$ 10 milhões. A primeira parcela será no valor de R$ 3 milhões e as demais ainda serão definidas após apresentação das necessidades previstas.
Para o Rio de Janeiro o montante será também de R$ 10 milhões, sendo que a primeira parcela será no valor de R$ 1.017.600. Da mesma forma, as demais parcelas serão definidas após apresentação das necessidades previstas.
De acordo com a Defesa Civil de Minas Gerais, 153 municípios decretaram situação de emergência em função das chuvas que atingiram o estado. Mais de 50 mil pessoas estão desalojadas ou desabrigadas. A chuva atingiu mais de três milhões de pessoas e 15 morreram.
No Rio de Janeiro são 16.319 desalojados e desabrigados, três desaparecidos e 20 mortos, segundo a Defesa Civil.
Em Minas Gerais alguns municípios foram contemplados individualmente: Cipotânea (R$ 150 mil), Muriaé (R$ 450 mil), Ouro Preto (R$ 300 mil), Vespasiano (R$ 150 mil). Já no Rio de Janeiro o único município contemplado foi Sapucaia (R$ 150 mil), enquanto Laje do Muriaé teve reconhecida a situação de emergência.
Os recursos serão empregados na execução de ações de socorro, assistência às vítimas e restabelecimento de serviços essenciais. O prazo de execução das obras e serviços se estende a um ano.
Para deputado, “reconstrução é tarefa gigantesca”
O deputado estadual Luiz Paulo (PSDB-RJ), presidente da CPI da Região Serrana, comentou a situação dos municípios que compõem a Região Serrana e como eles estão enfrentando as chuvas. Segundo ele, “a tragédia da Região Serrana completou um ano e até hoje nada do que foi prometido foi cumprido. Pessoas que sofreram com a catástrofe continuam esperando por apoio do governo”.
– A destruição da Região Serrana ainda é visível, como por exemplo em Nova Friburgo. Um dos pontos turísticos da cidade, a Praça do Suspiro ainda tem muita lama e pontos destruídos, como é o caso da Capela de São Antônio.
Caixa divulga conta para doações a vítimas de enchentes no ES
Ontem, a Caixa Econômica Federal divulgou a abertura de conta para arrecadação de doações para vítimas das enchentes no Espírito Santo. A Caixa já havia anunciado as informações sobre as contas para doação às vítimas das enchentes do Rio de Janeiro e Minas Gerais.
As medidas fazem parte do Plano de Ações divulgado pelo banco para atendimento à população dos municípios castigados pelas chuvas. Além da abertura das contas, o banco iniciou, na última quinta-feira (12), as atividades da Unidade de Atendimento Temporário (caminhão-agência), que irá prestar atendimento à população da região do município de Cardoso Moreira (RJ). Outra ação anunciada pela Caixa foi a antecipação do pagamento do Bolsa Família referente ao mês de janeiro para amanhã.
Número das contas para doação:
Espírito Santo: Agência: 0167
Operação: 006
Conta: 1000-4
Rio de Janeiro: Agência: 0199
Operação: 006
Conta: 2012-8
Minas Gerais: Agência: 0935
Operação: 006
Conta: 700-8
AM: Defesa Civil registra 20 ocorrências de alagamentos em bairros da Manaus
A chuva que atinge o estado do Amazonas desde dezembro já começa a ameaçar os moradores de alguns municípios, principalmente, os do norte e nordeste do estado. Pelo menos 69 municípios sofrem as conseqüências do chamado “inverno amazônico” (período de intensas chuvas compreendido entre dezembro e abril na Região Norte). No último domingo, a Defesa Civil de Manaus recebeu 20 comunicados feitos por moradores que tiveram prejuízos materiais em decorrência de alagamentos de ruas.
A Defesa Civil informou à Agência Brasil que a Zona Leste de Manaus foi a mais prejudicada pelo fenômeno meteorológico. Os bairros de Jorge Teixeira, Cidade Nove e a Colônia Antônio Aleixo foram os mais atingidos. Uma casa de madeira localizada em São Raimundo, zona oeste de Manaus, não resistiu à chuva e desabou. No bairro de Colônia Antônio Aleixo, zona Leste, foram registrados dois deslizamentos de terra. Ainda de acordo com o órgão, a maioria dos registros estava ligada a alagamentos.
Apesar da chuva intensa que atinge a capital, o Instituto de Meteorologia do Amazonas (Inmet – AM) informou que os níveis pluviométricos do estado são considerados normais para o período.
– No entanto, estamos no início do segundo mês do período de chuvas. Até agora, o acumulado de chuvas na região ainda é normal – disse o chefe da Seção de Previsão de Tempo do Inmet-AM, Veríssimo Farias.
Veríssimo acrescentou ainda que para o nível pluviométrico de janeiro se manter dentro da normalidade em Manaus, a quantidade de chuva não pode ultrapassar os 264 milímetros.
– Será considerado normal se chover 20% a mais ou a menos dentro dessa média. Para que extrapole a média de chuva, o índice deve superar 400 milímetros – informou.
O município de Iauaretê, no Norte do Amazonas, apresentou um dos maiores índices pluviométricos de todo o estado – 501,3 milímetros (mm) de chuva no final de dezembro – seguindo pelo município de Parintins (nordeste) com 339,8 milímetros de chuva.
Fonte: Monitor Mercantil