Sr. presidente, deputado Waldeck Carneiro, que substitui no expediente final o nosso presidente André Ceciliano, que vai marcar época com a presidência nesta Casa pela produtividade que teve o parlamento fluminense, e ainda tem, porque esse mandato se estenderá até 1º de fevereiro de 2023. Hoje, ele quebrou a rotina. Imaginava que viesse de terno branco com gravata vermelha, porque estaria homenageando o Zé Pilintra, mas quis homenagear os nossos arcanjos. Já que é um estudioso da hierarquia dos anjos, não quis homenagear nem anjos, mas os arcanjos.
Dito isso, vamos ao tema central do expediente final, antes saudando as telespectadoras e os telespectadores que nos assistem pela TV Alerj e a senhora intérprete de Libras, que leva a nossa voz aos deficientes auditivos.
As chuvas previstas para o dia da votação e a liberação das passagens
Chuvas torrenciais caem pela cidade e pelo Estado do Rio de Janeiro, com a perspectiva de se estender até o dia das eleições. Acabei de ver na internet que o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, editará um decreto amanhã a favor da democracia e das eleições livres, liberando o pagamento das passagens no sistema de transporte municipal, isto é, nos ônibus municipais e no BRT. Não sei se o governador Cláudio Castro fará o mesmo em relação aos transportes metroviário, ferroviário e o hidroviário. Acho que quanto mais facilidade de locomoção tiver a população fluminense para ir às urnas, melhor, principalmente se o tempo estiver chuvoso, porque dificulta mais os deslocamentos.
Quanto maior a participação popular, maior a festa da democracia
A abstenção não é boa para a democracia. Quanto mais a população for às urnas, no meu entendimento, melhor. Quanto maior a participação popular, maior é a festa da democracia. Espero que no domingo tenhamos de fato uma festa; que as eleições se realizem com respeito, com dignidade, com fidalguia e sem nenhum ato de violência ou de obstrução de qualquer segmento da população ir às urnas.
Esse é o meu desejo. Sei que não é algo muito fácil, porque, pelo menos, 50% da área territorial da cidade da região metropolitana têm muito poder de controle, quer seja do narcotráfico, quer seja das milícias, quer seja de ambos, definindo territórios ocupados e seletivos. Então, espero que também essa mobilidade, essa possibilidade de o eleitor expressar o seu voto de forma sigilosa venham a ocorrer.
A importância da “colinha” para a urna
O Tribunal Superior Eleitoral tem dito continuadamente que é possível se levar uma cola, e não é possível levar o telefone celular. Logo, esta cola deve ser em papel. E é justo que assim o seja, porque, primeiro, o cidadão vota para deputado federal, quatro dígitos. Então, tem que decorar quatro números. Se tiver escrito, facilita. Logo depois, vota para deputado estadual, cinco números; depois vota para senador da República, três números; depois, vota para governador do estado, dois números; e, depois, vota para presidente da República, dois números. Queria registrar, e é bom que se esclareça, que o último voto é o de presidente da República, porque em diversas eleições com voto eletrônico, as pessoas, na ânsia de querer votar para presidente, batem dois dígitos do presidente, e batendo dois dígitos e registrando, votam na legenda de deputado federal. Evidentemente com isso, facilita muito a vida das legendas dos candidatos presidenciais mais fortes e dificulta a vida das legendas de deputado federal daqueles partidos que não têm candidato à presidência da República.
Então, queria aqui fazer essa intervenção, exatamente para que não haja nenhuma dúvida e que ninguém vote enganado, porque todos devem votar naquelas escolhas que fizeram – e não se enganar nas urnas. Daí, ser importante levar essa cola.
Construção de projeto de desenvolvimento econômico e social
Quis só fazer esses esclarecimentos, e mais uma vez desejar que essas eleições possam realmente vir a construir uma nova etapa da nossa nação, do nosso estado, e que possamos nos aglutinar para de fato combater a miséria e a fome neste país, construir um projeto de desenvolvimento econômico e social que seja capaz de gerar emprego e renda para que possamos estabelecer o que chamamos de Estado do bem-estar social, onde a prioridade seja de fato Educação, a Saúde, a Assistência Social e a Segurança Pública. Evidentemente, quando falamos de Educação estamos envolvendo Ciência e Tecnologia e a própria Cultura, que perpassa por todas as políticas públicas. Jamais esquecendo da questão ambiental.
São esses os meus desejos. Estaremos aqui na semana que vem, quando as urnas já tiverem falado e anunciado os resultados.