Na manhã de hoje, dia 19 de agosto, quarta-feira, houve solenidade no Museu Nacional, na qual o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano, em nome dos deputados, formalizou a doação de R$ 20 milhões, fruto da economia de recursos nas despesas da instituição. O objetivo é colaborar para a recuperação do prédio e de outras coisas que serão necessárias. Deputado Luiz Paulo fez, em sua fala em plenário, uma reflexão sobre a importância do Museu não só para o Rio e o Brasil, mas em sua própria vida pessoal. Segue abaixo:
A vida de Luiz Paulo sempre foi muito vinculada ao Museu
“O Museu Nacional, para mim, tem valor afetivo muito grande, além de cultural. Quando era aluno da Escola Técnica Nacional, fazendo curso técnico de estradas, entre 1962 e 1964, minha aula de geologia era no Museu, com o professor Curvelo. Conhecia cada sala: das múmias aos fósseis. E frequentava com assiduidade o Departamento de Mineralogia, que tratava dos minerais responsáveis pela formação das nossas rochas.
Luiz Paulo fez programa para a Alerj dentro do Museu
Mais tarde, tive oportunidade de lá levar os meus filhos para visitar. E o Museu sempre fez parte do meu processo de formação. Como deputado estadual tive oportunidade, com a TV Alerj, de fazer um programa dentro do Museu, enaltecendo o valor cultural que tinha para o nosso país. E até fiz lá algumas ilações sobre pinturas que enalteciam a mitologia greco-romana, através de Vênus e Marte, fazendo as suas reais correspondências com a mitologia africana, com Oxum e Ogum.
A própria UFRJ tem vínculos com sua vida
O Museu faz parte, portanto, da minha vida. Além do mais, se sou engenheiro o sou por causa da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Se fiz mestrado em transportes na Coppe, também devo à Universidade Federal do Rio de Janeiro, à qual se vincula o Museu.
A pergunta que não quer calar: o que fez o governo federal?
Meu depoimento não isento, é depoimento de quem vivenciou e teve o Museu e a Universidade Federal do Rio de Janeiro muito presentes na minha vida, razão pela qual orgulho-me de a Assembleia ter assumido um papel relevante e histórico de alocar R$ 20 milhões de reais para a recuperação do Museu. Mas, ao mesmo tempo, me entristeço, quando o presidente da Alerj relata que já há praticamente 50% dos recursos, e me pergunto: por que os outros 50% já não foram alocados pela União? Afinal, ela é responsável pelo patrimônio cultural deste país. E essa pergunta, que não quer calar, vai continuar no ar.