A prioridade necessária para o Metrô da Gavea, por Luiz Paulo

A prioridade necessária para o Metrô da Gavea, por Luiz Paulo

Sr. presidente em exercício, deputado Val Ceasa, senhoras e senhores telespectadores que nos acompanham através da TV-Alerj, senhor intérprete da linguagem de Libras, que leva nossa voz aos deficientes auditivos, a Associação de Moradores da Gávea convocou manifestação para amanhã, dia 18 de maio, na luta para que as obras do Metrô da estação da Gávea sejam concluídas. A escavação da estação que lá está, com um escoramento provisório e inundada para diminuir um pouco do risco, encontra-se paralisada há sete anos.

Obra da estação de Metrô da Gávea paralisada há 7 anos

Estive no local, já mais de uma vez, mas, na semana passada, verifiquei que, qualquer que seja o problema de ações civis públicas, de pareceres dos Tribunais de Contas, é inadmissível que, passados sete anos, as obras da estação da Gávea do Metrô estejam totalmente paralisadas.

Risco diário de uma tragédia

Se não bastasse o desperdício de dinheiro público, estamos convivendo com risco diário de uma tragédia que pode impactar milhares de pessoas, porque, ao redor do buraco da estação do metrô, temos as instalações da Pontifícia Universidade Católica; bem próximo ao buraco há o Instituto Genesis, que é a incubadora de empresas ligada à Pontifícia Universidade Católica. Você observa uma série de edifícios quer sejam voltados pela extensão da Rua Mário Ribeiro, quer sejam pelo lado da Rua Marquês de São Vicente; e, um pouco mais longe, está o Planetário da Gávea.

Sinistro assemelhado aconteceu em São Paulo

Vimos acontecer em São Paulo, no ano passado, sinistro de grandes consequências quando, num dos buracos do metrô de lá, houve um escorregamento das paredes laterais e arrastou para dentro do buraco o que não podia cair lá. Então, colocou-se em risco a vida de pessoas. Fora o dinheiro público que está enterrado sem retorno para a população. Por isso, considero que não há mais o que se protelar. O que se precisa é solução urgente para esse gravíssimo problema.

Se há recursos no Programa Pacto RJ, por que o governo estadual não os usa?

O governo do Estado tem aí o seu Programa Pacto RJ. Portanto, recursos não lhe faltam para esta conclusão, que é de sua responsabilidade. Talvez falte resolver algumas pendências jurídicas. Quem tem uma Procuradoria competente como tem o governo do Estado se senta com o Ministério Público, com o Tribunal de Contas, com o Tribunal de Justiça e faz um Termo de Ajuste de Conduta, enfim, alguma medida que caiba para a obra acontecer.

Ao rever o noticiário constatei que a última declaração do governador é de que estaria fazendo projeto final de engenharia que seria concluído em seis meses. Isso no mês de maio do ano passado. Passou um ano.

O dever do parlamento fluminense é fiscalizar o Executivo

O governo do Estado tem que assumir suas responsabilidades e dar conta do recado. Essa é a questão central. Enquanto isso, é uma das nossas grandes prioridades no parlamento fluminense fiscalizar as ações do executivo. E exatamente esse tema que estou trazendo à pauta é inerente a esse papel fiscalizatório. É como se o governo do Estado tivesse colocado no buraco do metrô uma bomba-relógio que vai explodir num determinado dia e hora. Só que esse marcador, do dia e hora, é absolutamente aleatório, porque vai depender de uma série de condições do solo, condições climáticas, do tempo etc. 

O tempo passa e o risco aumenta

Mas quanto mais tempo passa, mais grave fica. Devido a isso, estamos aqui claramente cobrando que o governo do Estado dê solução e finalize: 1 – as obras definitivas de estabilidade da estação Gávea do metrô; 2 – conclua a estação que será de grande utilidade para a população da Gávea, da PUC, de quem frequenta o Planetário, enfim, para a população carioca e, também, para a população da nossa região metropolitana, principalmente, porque o metrô é um sistema de transporte integrador com o modal ônibus.

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