O deputado Luiz Paulo, em seu discurso na Alerj na quarta-feira (09/10/14), discorreu sobre o mau momento que vive o nosso País. Economia estagnada, inflação em alta, a questão energética e as sucessivas crises que atingem a Petrobras foram assuntos abordados, e também a esperança de novos ventos de otimismo e mudança com Aécio no 2º turno das eleições. Confira aqui trechos do discurso.
“Eu quero falar no dia de hoje sobre o mau momento que vive o nosso País. Ontem, eu me referia a um crescimento do Produto Interno Bruto do Brasil em apenas 0,3%, que simboliza uma estagnação da nossa economia. De outro lado, temos uma inflação que, seguramente, já é superior a 7%. Ora, um quadro de inflação alta com estagnação econômica é sempre um quadro preocupante, ainda mais quando você associa a essa questão dois outros fatores.
O primeiro é a questão energética que, pelo andar da carruagem, parece que a falta de chuva na cabeceira dos nossos rios vai continuar ao longo de 2015 e com isso as termoelétricas vão continuar em ação, e com isso o custo da energia o custo da energia continuará a subir. E aumentando o custo da energia, evidentemente, aumenta-se o custo dos produtos.
O segundo ingrediente diz respeito à grande crise que vive a nossa maior estatal brasileira, a Petrobras. A primeira grande crise é porque ela importa todo o excedente de combustível consumido neste País – de diesel e gasolina -, e paga por ele, no mercado internacional, no qual esses produtos são cotados pelo preço do dia do barril de petróleo, um valor muito superior ao que vende para o mercado interno, visto que o custo do combustível estar sendo regulado pelo Governo.
De outro lado, a Petrobras vive uma crise moral sem precedentes, porque cada vez que o Sr. Paulo Roberto Costa dá depoimentos no regime de delação premiada, mostra que a corrupção na Petrobras era uma corrupção estrutural, que perpassava praticamente todas as diretorias. Ele lista os nomes de diretores que lá não estão mais e outros, que ainda estão. E associa, inclusive, a partidos políticos.
Por isso é que esse momento neste País é tão difícil. E quando se vive uma crise aguda, é necessário que algum vento de renovação e otimismo possa acalentar os nossos sonhos e utopias.
(…)
Eu sou daqueles que acham que para todo problema apontado temos que apontar uma possível solução, apesar de ninguém conhecer a fundo as verdadeiras complicações que possam existir nas contas públicas do nosso país, haja vista o grau de maquiagem que elas possuem.
Será com prazer que eu discutirei não só os pontos de vista de um novo programa de governo, mas também aquilo que eu acho e considero que possam ser saídas para a imensa crise que vivemos no tocante à questão da energia, à questão do petróleo e gás e à questão específica do combate à inflação.”
