As Associações de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio e de Niterói, foram ouvidas na tarde desta segunda feira pela CPI das Construtoras. Os presidentes João Paulo Rio e Jean Pierre Biot foram sabatinados pelos deputados presentes, incluindo o deputado Luiz Paulo, vice-presidente da Comissão, presidida pelo deputado Gilberto Palmares.
Afirmaram que os atrasos, ocorridos nas obras iniciadas em 2008/2009 foram consequência da falta de mão de obra especializada. Entretanto, os parlamentares argumentaram que os atrasos não estão restritos a esse período, tendo a obra levando três anos a mais que o previsto para a conclusão.
Luiz Paulo quis saber se havia, nas duas associações, algum código de ética que pudesse ao menos apontar punições para os atrasos. Não há um código específico e sim uma norma que regulamenta.
Outro ponto abordado foi a tolerância que as associações consideravam justas para se atrasar uma obra. Os dois presidentes foram enfáticos ao afirmar que no máximo seis meses, o que não vem ocorrendo.
Jean Pierre salientou que em Niterói apenas três exemplos de atraso são emblemáticos, mas que já estão em vias de conclusão.
Luiz Paulo abordou ainda a Lei da Autovistoria, em que, no caso de prédios novos, há a obrigatoriedade da construtora enviar ao síndico, junto com o habite-se, todas as plantas, incluindo de estruturas, do prédio, pois a avaliação final do edifício já conta como a primeira vistoria realizada. E que com o atraso, essa vistoria pode ficar prejudicada.
Os presidentes afirmaram estar cientes e que antes mesmo da Lei, já pediam às construtoras que assim o fizessem.
Sobre o problema na falta de mão de obra, as associações enfatizaram que estão capacitando pessoal para suprir as necessidades das construtoras.