As Comissões de Constituição e Justiça (CCJ); de Saúde; de Turismo; e a de Prevenção ao Uso de Drogas da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), realizaram na manhã desta segunda feira a audiência pública conjunta “Crack: internação compulsória é a solução?”, para debater a política de internação compulsória de usuários do entorpecente.
O deputado Luiz Paulo, membro efetivo da CCJ, participou da audiência e avalia que a infância e a adolescência deveriam ser o foco central das políticas integradas de prevenção às drogas, em que o uso do crack é a sua pior forma.
Crack é subproduto da indústria das drogas e armas que são negócios ilícitos bilionários que não param de crescer pelo aumento de usuários”- avalia. A audiência teve o objetivo de discutir os modelos de internação aplicados no estado do Rio de Janeiro, e reuniu especialistas, usuários, familiares, advogados e comunidades terapêuticas a fim de propor uma nova legislação para a prevenção, atenção e tratamento aos usuários. O Ministério Público Estadual (MPE) estima que existam, pelo menos, 6 mil usuários de crack na cidade do Rio de Janeiro.
Estiveram presentes o desembargador Siro Darlan, o diretor do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), órgão responsável pelo programa de acolhimento de São Paulo, Alfredo Toscano; a diretora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Ivone Ponczek; o secretário geral da Ordem dos Advogados do Brasil-RJ, Marcus Vinícius Cordeiro; o coordenador de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, Henrique Guelber; e o diretor Executivo da Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro (AMERJ), Ricardo Alberto Pereira.