“Por volta das 22h, perdemos um dos maiores arquitetos que o mundo dos séculos XX e XXI teve o prazer de conhecer e de cujas obras pôde desfrutar – Oscar Niemeyer. Aos 105 anos incompletos, pois seu aniversário seria no próximo dia 15, ele veio a falecer.
Oscar Niemeyer deixa um legado arquitetônico inestimável para o Brasil e para a humanidade. Em Niterói, esse legado se faz presente com um museu de belíssimos traços e leveza; na Cidade do Rio de Janeiro, entre tantas outras obras, encontramos o Sambódromo, com a Passarela do Samba, a casa da Estrada das Canoas e o Edifício Gustavo Capanema; e creio que, em todos os 92 municípios do Estado do Rio de Janeiro, graças à generosidade de Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, encontra-se consagrada a obra de Niemeyer nos CIEPs, a grande referência em termos de educação integral neste Estado.
Estou citando apenas algumas obras, porque toda a cidade de Brasília tem o traço inigualável de Oscar Niemeyer. São Paulo tem o Parque do Ibirapuera. Curitiba tem também um museu em forma de olho. E assim é pelo Brasil afora.
Um gênio do traço arquitetônico do nosso País, um homem engajado politicamente, sempre do lado das classes menos favorecidas a clamar por justiça social. De uma clareza muito grande ao afirmar que o mais importante para ele não era a arquitetura e sim o nosso povo – arquitetura que ele voltou diretamente e principalmente para o povo brasileiro.”