O deputado Luiz Paulo comentou em plenário sobre a entrevista que o prefeito reeleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes deu sobre a Copa do Mundo de 2014. Lá o “príncipe regente” afirma que o Brasil perdeu uma oportunidade internacional de mostrar sua capacidade de planejamento e gestão na organização de eventos que precedem a Copa.
“O alcaide-regente, nessa entrevista, traz à tona uma dura crítica ao Governo Federal, ao Governo do Estado e à própria Prefeitura que ele dirige. A famosa união de Município, Estado e Governo Federal para a Copa de 2014, segundo o Prefeito reeleito, fracassou. E não é que ele tem razão? Fracassou, primeiro, porque os estádios de futebol, nas suas construções e reformas, inclusive o Maracanã, não cumpriram o mínimo ritual do planejamento. O projeto orçado e licitado nem se parece com o projeto que está sendo construído. O preço do que foi orçado é ‘n’ vezes maior do que aquele que está sendo realizado, mesmo com todas as isenções concedidas nas compras de materiais e equipamentos. Ora, se o estádio de futebol não foi capaz de ter um mínimo de planejamento, o que se dirá das outras medidas hoje intituladas de legado da Copa de 2014?
O projeto fracassou, mesmo a União, o Estado e o Município estando de mãos dadas. Perdeu-se, segundo o Prefeito – e eu concordo com ele –, uma oportunidade histórica de se fazer algo que desse orgulho ao povo brasileiro. Essa crítica não está vindo de um parlamentar da oposição, e sim do Prefeito reeleito.”
Afirmou ainda que o alcaide-regente agora virou futurólogo e que está querendo afirmar quem será eleito para governador e vice-presidente. Além disso, disse que para ver o caráter de um político basta colocá-lo no poder.
“Subitamente, decidiu o Prefeito reeleito, (…) abonado pelo Vice-governador Pezão, que o Governador Sérgio Cabral deverá ser candidato à Vice-presidência da República na chapa que será encabeçada na reeleição da Presidenta Dilma Rousseff. Viraram futurólogos, já são capazes de prever o futuro com grande antecedência.
Ao definirem que a candidata do PT é a Dilma, que vão varrer do cenário político brasileiro o Sr. Michel Temer, colocando no lugar deste, por desejo do Prefeito Príncipe Regente, o Sr. Sérgio Cabral. Eles também decidiram que serão eleitos sem mesmo combinar com os eleitores e com o diretório nacional do PMDB, que já reagiu duramente. Deputado Roberto Henriques, V.Exa. deveria ler nos jornais o que disse Geddel Vieira Lima, lá na Bahia, e prefiro não repetir para aguçar sua curiosidade, a respeito do Governador Sérgio Cabral vir a ser o vice-presidente da Presidenta Dilma Rousseff.
Veja,(…), como faz mal para a política aquilo que chamo de arrogância e prepotência dos vitoriosos. Por mais que se diga que para conhecer o vilão basta lhe dar o bastão, muitos não acreditam. O verdadeiro caráter de um político, Deputado Paulo Ramos, não se vê na derrota, mas na vitória. Os vitoriosos, arrogantes e prepotentes, metem os pés pelas mãos, como já está acontecendo com o Príncipe Regente da Cidade do Rio de Janeiro, aquele que já veio a público para dizer que ainda este ano derrubará uma alça do elevado da Perimetral e que depois irá derrubá-lo por completo. Inclusive, ele já colocou no site da Prefeitura o novo projeto, sem o elevado. Só esqueceu de combinar com a população. Na entrevista ele disse: “É capaz de vivermos com algum nível de congestionamento em 2013 e 2014”. Ora, Sr. Presidente, não é algum nível de congestionamento, não; o centro da cidade vai parar e, além disso, quem mora na Baixada Fluminense, Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, vai ficar absolutamente parado no horário do rush, isso porque o Príncipe Regente assim decidiu.
(…)
O Maracanã é testemunha da incompetência do Governo Estadual, o mesmo Maracanã que o Príncipe Regente administrou antes de ser Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro. Mas, como a crítica veio dele, ele esqueceu que a responsabilidade não é só da União e do Estado do Rio, mas também dele próprio, já que foi tão incompetente quanto. É essa incompetência coletiva que pretende derrubar o elevado da Perimetral e transformar a cidade, além dos acessos à Baixada Fluminense, a Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, num caos total.”