O deputado Luiz Paulo manifestou sua indignação com o PT e o Governo Dilma, por ter a intenção de deixar o conjunto de casas irregulares existentes dentro das dependências do Jardim Botânico.
Luiz Paulo alega que por mais que se tenha uma visão de proteger os menos favorecidos, não é compatível ter imóveis residenciais na área do Jardim Botânico.
“O Jardim Botânico é uma das nossas glórias. Além de ser aquele lugar aprazível que tem praticamente acervo de quase todas as nossas espécies arbóreas nativas, também tem espécimes de diversas outras unidades da Federação. Lá tem árvores espetaculares: jequitibás, açacus, ipês, árvores centenárias, que têm a ver hoje com a preservação do nosso bioma e com esse momento tão sensível em relação ao meio ambiente em que vivemos. “. Para ele, o prefeito da cidade do Rio de Janeiro se omite quanto a essa questão.
“Sobre esse drama da nossa cidade é necessário que cada um de nós se posicione claramente porque a imensa maioria não entra nesse debate e fica em cima do muro. Eu estou falando do Jardim Botânico. Será que um Deputado Federal pode ter tanta influência no Governo para manter os seus lá, mesmo que estejam há décadas? Não é compatível, Sr. Presidente.
Quando entramos no Jardim Botânico, entramos em outro mundo. Se nos compararmos a um jequitibá centenário ou até milenar, dependendo dos anos que ele ainda irá viver, mesmo que vislumbremos aquele baobá que tem no Jardim Botânico ainda tímido, veremos a grandeza das árvores, do ambiente verde diante do ser humano de vida tão efêmera.
Eu gosto sempre de me referir ao jequitibá não porque ele vive muito não, mas é porque ele, um pouco, é o símbolo do nosso Brasil. Poderia estar falando de outras árvores, do pau-brasil, do jatobá, enfim. E o homem está sempre buscando destruir esse ambiente.
Agora é a organização partidária do PT que quer macular aquilo que deveria ser quase uma religião de respeito porque é a expressão maior da natureza. Seria bom que a companheirada petista que está em Brasília visitasse o Jardim Botânico – mas não aquela visita de chefe de estado ou de ministro, que entra e sai; que andasse horas lá dentro para sentir o que é o projeto do Jardim Botânico. E é de visitação pública. Durante o final de semana, tem gente de toda cidade porque aquilo é um paraíso urbano inestimável.
Então, Sr. Presidente, não consigo entender por que o Governo Federal insiste em manter essa posição menor e tão tacanha e por que o Governador e o Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro não se posicionam de forma radical. Isso tem a ver com o Governo do Estado? Também tem! Porque a área ambiental é de responsabilidade das três instâncias do Poder. Tem a ver com o município? Só tem! Porque, além da questão ambiental, o uso do solo é municipal.
Acabamos de aprovar aqui – derrubando o veto do Governador – a Deua. O que quer dizer isso? Que iremos impedir – para frente – que se construa em áreas de risco, mas também nas áreas se preservação ambiental. E o que é o Jardim Botânico? Área de preservação ambiental. Então, os imóveis que lá estão são irregulares, mesmo que lá estejam há uma, duas ou três décadas.
Então,(…), vim aqui externar esse meu ponto de visita contrário a essa visão obtusa, menor que o Governo Dilma está tendo em relação a essa polêmica dos imóveis que estão no Jardim Botânico – que é patrimônio desta cidade, deste estado e deste país e, assim, tem que ser preservado.”