O subsecretário Extraordinário de Estado da Região Serrana, Affonso Monnerat, foi o convidado da Comissão de Representação da Alerj, dessa última quarta-feira, que visa o acompanhamento das ações e investimentos na Região Serrana, presidida pelo Deputado Luiz Paulo.
Monnerat afirmou que seus trabalhos começaram em fevereiro e que já sentou para conversar com os prefeitos e secretários de defesa civil para que cada um falasse a necessidade de cada município e que começaram os trabalhos tentando realocar as famílias, mas admite que é complicado pois há uma grande dificuldade em achar areas para a realocação e principalmente pelo não entendimento dos prefeitos em perceber que eles que precisam demandar para o estado poder ajudar.
Luiz Paulo acredita que os prefeitos tem sido muito omissos.
“Os prefeitos são responsáveis pelo solo urbano. O cidadão não mora no estado, mora no município. O poder mais próximo do povo é o poder municipal. Os municipios da região das catástrofes tem sido muito omissos. Não só porque não investem praticamente nada em defesa civil, macro e micro drenagem e contenção de encostas são omissos em relação as ocupações irregulares em áreas de risco. É um populismo eleitoral muito grande.”
O subsecretário afirmou que serão construídas ao todo 68 pontes na região, e que ele está responsável pela construção de 23, sendo 11 ainda assinando os contratos para as construções e as outras estarão prontas em até 90 dias. As outras 45 estão a cargo do Departamento de Estradas e Rodagens (DER).
Perguntado pelo deputado Luiz Paulo sobre a sua equipe, uma vez que a Comissão vem reiterando a necessidade de um grupo de trabalho que esteja voltado para a Região Serrana em tempo integral, Monnerat afirmou que se trata de um núcleo muito pequeno, que não dá vazão à demanda, pois são além dele, 3 engenheiros e uma geógrafa para toda a região, e um convênio com a UERJ que o apoia.
Luiz Paulo encerrou salientando que inexiste um modelo institucional por parte do estado e dos municípios para prevenir e enfrentar as catástrofes e que teme pelo que pode ocorrer. “Estou sempre preocupado com o amanhã”, finalizou.