A comissão de representação da Alerj que visa o acompanhamento e investimentos a serem realizados pelos Governos Federal, Estadual e dos municípios envolvidos na catástrofe de 2011 na Região Serrana do Rio de Janeiro, presidida pelo deputado Luiz Paulo, fez uma oitiva com o Diretor-Presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (EMOP) Ícaro Moreno Jr, para apresentar os dados referentes às contenções de encostas e drenagens dos rios, nas cidades de Friburgo e Teresópolis.
Moreno afirmou que retomou os trabalhos de contenção e drenagem apenas em março deste ano, uma vez que problemas das mais variadas ordens interromperam as obras em meados de julho do ano passado, além de desvincular a EMOP da construção de pontes, que ficou a cargo do Departamento de Estradas e Rodagem (DER).
Nas apresentações verificou-se que são ao todo 23 locais com intervenções nos dois municípios, sendo 19 em Teresópolis e 4 em Friburgo, sendo esta concentrada no centro turístico do município. O investimento nas duas cidades fica em torno de 200 milhões, cotejando obras de contenção, drenagem e infra-estrutura habitacional.
O deputado Luiz Paulo gostou da apresentação, afirmando que a EMOP mostrou uma grande mudança de rumo.
“A boa novidade é que agora eles decidiram, como está proposto no relatório, pensar as obras de contenção de forma global, fazendo o cotejo de alternativas para ver qual a que apresenta de fato a melhor relação beneficio custo para a população do estado.Resolveram fazer essa analise por macro-bacia, protegendo os talvegues na sua totalidade. Começam a discutir qual a melhor forma de se retirar as moradias em área de risco.”
Afirmou ainda que as moradias, além de precisarem estar em áreas seguras, precisam ser mais verticalizadas, por isso acredita que se deva usar um mix das alternativas já propostas, como indenizações, retiradas das famílias em área de risco, construções de novas casas, além de achar uma forma de convencer as construtoras a realizar tais empreendimentos. E novamente reiterou a necessidade da criação de um grupo executivo que ficasse responsável 24 horas pela Região Serrana, pois todas as secretarias já ouvidas estão envolvidas com outros projetos e acabam por não dar a devida atenção que a região merece.
Ícaro Moreno, ao final da apresentação, afirmou que no máximo em agosto as obras estarão concluídas.
Na próxima quarta-feira, dia 6 de junho, o Subsecretário de Estado da Secretaria Extraordinária da Região Serrana, Affonso Henriques Monnerat virá ao Palácio Tiradentes para a sua explanação.