O deputado Luiz Paulo, em seu discurso inicial, ontem (13/12) na Alerj, debateu a reportagem da Revista Veja sobre o Partido dos Trabalhadores e seus recentes escândalos.
“Sr. Presidente Roberto Henriques, Srs. Deputados presentes, vou me reportar a duas matérias jornalísticas. A primeira, do final de semana, é capa da revista Veja: o Partido dos Trabalhadores, mais uma vez, na sua inglória carreira partidária, forja documentos para tentar desqualificar seus adversários. É inacreditável, Sr. Presidente, a reportagem da revista Veja!
Lembro a V. Exa. o escândalo do mensalão, quando parte do PT formou quadrilha para usurpar os cofres públicos. Quem diz isso não sou eu, é o Ministério Público Federal, que os denunciou. Eles serão julgados, esperamos todos nós, no primeiro semestre de 2012, pelo Supremo Tribunal Federal.
Durante o escândalo do mensalão, apareceu uma famosa lista de Furnas. Muitos adversários do PT, que estavam ou não com mandato no Congresso Nacional, tiveram seus nomes arrolados numa pseudolista. Eles teriam sido beneficiados com dinheiro de caixa 2, num esquema fraudulento de Furnas. Posteriormente, alguns dos elementos citados nessa lista teriam sido incluídos em outra lista – os algozes até apresentariam recibos dessas pseudodoações.
A Polícia Federal gravou um estelionatário chamado, se não me engano, Nilton Monteiro, dois Deputados petistas de Minas Gerais e alguns dos seus assessores, tudo com o aval de algumas eminências pardas de Brasília. Nessas gravações, ficou comprovado pela Polícia Federal que a primeira e a segunda listas, além dos recibos, foram todos forjados pela astúcia maligna do Partido dos Trabalhadores. Quem descobriu isso foi a Polícia Federal em investigação.
Chegaram à ousadia de forjar recibos falsificados, entregando-os ao Ministro do Supremo para tentar desqualificar o peso da mão da Justiça sobre os seus parceiros que foram indiciados pela CPI do Mensalão. É inacreditável que um partido político que foi arauto da moralidade permita que figurem em seus quadros falsificadores, forjadores, estelionatários, inventando histórias sobre aqueles que ousam contestá-lo.
Convido os Srs. Deputados a lerem a revista Veja do último final de semana para verificarem no que se transformou o Partido dos Trabalhadores – digo isso sempre: parte dele – depois que foi ao poder. Jamais antes na história do Brasil, Sr. Presidente, vi um ditado popular funcionar tão rigorosamente: para se conhecer o vilão basta lhe dar o bastão. Exatamente esse ditado popular é o Partido dos Trabalhadores no poder.
Se não satisfeitos estivessem de pilhar alguns os cofres públicos, fazem questão ainda de exterminar, com falsificações e estelionatos, aqueles que ousam ser oposição, como se a democracia não necessitasse profundamente daqueles que são Governo como também daqueles que são oposição.
Lastimo que tudo isso tenha acontecido e que o poder tenha levado qualquer tipo de ideal do Partido dos Trabalhadores para o ralo. É estarrecedora a matéria da Veja. Tão contundente quanto, em um ano de Governo da Presidenta Dilma Rousseff, sete ministros já terem ido para o ralo: seis, por possibilidade de corrupção, e um que, preventivamente, falou demais para sair do Governo. Se V. Exa. quiser se aprofundar eu diria oito, porque já tem um outro que também saiu do Governo preventivamente, que se chamava Henrique Meirelles. E agora, talvez no Réveillon, desabe mais um, o Sr. Pimentel, o homem que mais vale no mercado de consultoria, no mundo inteiro. Dois milhões de reais por consultoria oral! Essa consultoria oral é intrigante! Intrigante!”