Respeito às diferenças e civilidade são necessários na política e na vida,

Respeito às diferenças e civilidade são necessários na política e na vida,

por Luiz Paulo

O deputado Luiz Paulo tem como hábito usar a tribuna da Alerj para defender ideias, projetos, conceitos, e também levar informações e esclarecimentos sobre diversos temas. Assim deve ser a atuação de um parlamentar comprometido com a população fluminense. Este método colabora para que se aprofunde a democracia, a partir de pontos de vista diferentes e até antagônicos. Isso informa e estimula a reflexão, tornando o debate mais rico.  

Dando sequência a essa postura, na noite de 02 de julho, trouxe à discussão para seu próprio partido, a partir de matéria veiculada pelo RJ-TV em que um vereador do PSDB, Felipe Michel, representando um combo de vereadores – precisamente seis -, passou a integrar o governo Crivella: “Evidentemente que isso me entristece profundamente. De imediato, fiz um twitter, dizendo que o PSDB, partido em que estou há 26 anos, desde março de 1993, o partido que implantou o Plano Real, que tirou o Brasil da falência, completando agora 25 anos, vem, ao longo dos anos, se transformando no partido da “boquinha”, ao  participar de forma despudorada do governo Temer, para a tristeza de todos nós. Um Governo conduzido por um quinteto que realmente não se recomendava: Temer, Padilha, Moreira, Jucá e Gedel.”

Para ele, essa participação nacional promoveu, além de outros fatos muito graves, uma debacle no partido. A continuidade desse tipo de erro político deu-se posteriormente, com quadros do partido participando do governo Witzel. E, mais recentemente, essa inserção do vereador Felipe Michel no governo Crivella. Lamenta: “Este partido não foi aquele que eu lutei para construir. Isto me dá, seguramente, o direito de dizer o que digo agora.”

Mas se propõe a continuar a resistir, até porque o governador Dória, de São Paulo, fez presidente do PSDB nacional um jovem de Pernambuco que deu, recentemente, um golpe aqui no Rio de Janeiro, dissolvendo diretório legitimamente eleito com convenção homologada pela Executiva Nacional anterior. Sob orientação do governador Dória. Nomeou, também, executiva provisória com quadros principalmente egressos do PSL, como se o PSDB pudesse ser sua cadeia de transmissão.

Mas, Luiz Paulo, independente de tudo isso, cobra destes, que assumiram a direção do PSDB-RJ pela via ditatorial, uma atitude firme em relação ao vereador que se aninhou no ninho do Crivella: “Aliás, o prefeito mais rejeitado da cidade do Rio de Janeiro em todos os tempos.” Propõe-se a resistir dentro do partido, expondo publicamente o que pensa, porque não admite o arbítrio, a ditadura, a imposição. Complementa: “Aos trancos e barrancos, vivemos um processo democrático, mas com o fantasma de regimes ditatoriais rondando não só o Brasil, mas outras nações. O PSDB, ao que tudo indica, segue esse caminho, encantando-se por fazer ditaduras internas de controle partidário. Vamos nos manter vivos nessa resistência, nessa não tolerância. Vamos continuar a não nos acovardarmos. Falo com a autoridade de quem tem 26 anos de filiação partidária e fez campanha, gostando ou não, de todos os candidatos à presidência da república que o PSDB apresentou.”

Luiz Paulo assim define sua posição no exercício do mandato, na vida pública e na pessoal: “Considero fazer política uma nobre missão. Para honrá-la, devemos defender os princípios que regem a democracia, o respeito à população, a defesa de políticas públicas que garantam uma vida melhor para todos. Devemos nos comportar com ética, civilidade, respeitando as diferenças de opinião, mas sempre expressarmos nossos pensamentos, divergências e concordâncias, sem nos desviarmos dos conceitos que defendemos. Investirei nesse caminho, com franqueza e espírito de luta. Como aprendi nos tantos anos dedicados à vida pública.”

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