A hora é de autocrítica de políticos e setores empresariais
Nem euforia, nem depressão. Há que se ter serenidade e aceitar os fatos. O julgamento de Lula tem sido eminentemente técnico com a condenação em 2 (duas) instâncias: pelo juiz Sérgio Moro (na 1ª instância), com 9 anos e 6 meses por corrupção e lavagem de dinheiro; pelos desembargadores João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Laus, por unanimidade, em 12 anos e 1 mês, pelos mesmos crimes.
A operação Lava Jato e seus desdobramentos fazem parte de processo muito mais amplo que visa a desestruturar a Plutocracia Corrupta do Brasil, farto conluio entre segmentos das elites políticas e empresariais, em franco andamento. Muito caminho, ainda, é preciso percorrer.
Serenidade e acatar as decisões judiciais, sem politizá-las, também não as endeusando ou demonizando de acordo com o gosto pessoal de cada um, como muitos vêm fazendo, é necessário e sensato. É hora dos políticos e de setores empresariais fazerem suas autocríticas, para que, de fato, haja mudanças efetivas de comportamento, sob a ótica da ética e da moral. Afinal, sempre é a esperança que alimenta a alma.