Diante da grave crise financeira que passa o Estado do Rio de Janeiro, o presidente da Comissão de Tributação e Controle da Alerj, deputado estadual Luiz Paulo, afirma que um dos motivos na queda na receita do estado foi à política de isenções fiscais para atrair empresas e investidores. Segundo o deputado estadual, a previsão de queda no Produto Interno Bruto (PIB) do Rio de Janeiro — que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no estado — é maior do que a esperada para o país como um todo. Enquanto Brasil tem perspectiva de 3,3% de recuo na economia, no Rio, a retração prevista é de 3,6%.
“Apesar de todo esse incentivo fiscal, ainda estamos dependentes da economia da cadeia produtiva de petróleo e gás. Essa política não trouxe nada extraordinário para o crescimento do estado, nem para mudar a linha da indústria”, disse o deputado estadual ao jornal Extra que publica neste domingo 25 de setembro, uma matéria com o Titulo “Previsão aponta déficit de R$ 16 bilhões em 2016 no Rio”.
De acordo com levantamento recente feito pela Comissão de Tributação com dados do Sistema Integrado de Gestão Orçamentária, Financeira e Contábil do Rio de Janeiro-Siafe-Rio, Siafe, o Estado vai terminar o ano com uma dívida grande e servidores podem ficar sem salário. “O Estado terá muita dificuldade para pagar salário de novembro e acho difícil ter 13º este ano. Existem os restos a pagar relativos à 2014/2015 no valor de R$ 3,4 bilhões e, mais divida de R$ 5 bilhões até agosto de 2016. Este valor pode chegar na casa dos R$ 10 bilhões. Agora, resta saber quem ficará sem receber neste fim de ano”, afirma o deputado.